Obesidade agrava risco de disfunção erétil
Especialistas descobrem relação entre o excesso de peso e dificuldades no sexo
Conhecido fator de risco para doenças cardíacas, o tamanho da cintura também pode indicar a probabilidade de um homem ter disfunções sexuais e urológicas. É o que afirma um estudo da Faculdade de Medicina Weill Cornell (EUA) publicado no British Journal of Urology International.
A pesquisa incluiu 409 homens
com idade média de 40 anos, divididos em três grupos de acordo com as
medidas da cintura: menos de 91 cm, entre 91 cm e 101 cm e mais do que
101 cm. No grupo com maior circunferência, 74,5% dos homens disseram ter
disfunção erétil.
O problema foi relatado por 50% dos participantes de cintura média e
por 32% dos que tinham medidas abaixo dos 91 cm. Aqueles com 101 cm de
cintura também apresentaram maiores problemas com ejaculação precoce.
Os pesquisadores identificaram a disfunção em 60% dos participantes
desse grupo, contra 40% e 21% dos casos nos grupos de cintura média e
normal, respectivamente.
Segundo os autores, ainda não é
possível definir os mecanismos que fazem com que o tamanho da cintura
influencie a saúde sexual. No entanto, existe a hipótese de que a
gordura abdominal prejudique o fluxo sanguíneo na pélvis e cause
alterações hormonais, ambos fatores de risco par a dificuldade de ereção
e problemas de ejaculação.
Pratique os melhores exercícios contra obesidade
Enfrentar a obesidade e
diminuir as medidas da cintura requer muita determinação. Além de
alterar a dieta, é preciso dar início à prática de exercícios físicos ?
sempre com orientação médica para descobrir a intensidade de treino que o
seu corpo é capaz de suportar. Se você quer eliminar peso e ganhar
saúde, acompanhe as sugestões de exercícios:
Trabalhe a respiração
"Pacientes acima do peso ficam
ofegantes mais rápido porque os pulmões acabam pressionados com o
excesso de gordura, não conseguindo se expandir direito durante a
inspiração", diz o doutor em ciências da saúde Hildeamo Oliveira, do
Centro de Excelência em Medicina do Exercício (CEMEx) Golden Spa.
Fisioterapeutas podem recomendar séries de respiração voltadas a regular
o funcionamento dos pulmões.
Invista nos exercícios aeróbios
Exercícios como caminhada,
bicicleta e a dança podem fazer parte do treino de uma pessoa com
obesidade. "Mas, para garantir que as aulas estão no ritmo adequado, é
fundamental fazer uma avaliação física e solicitar orientação médica",
diz o personal trainer Marcelo Joaquim, do Centro de Cirurgia da
Obesidade e Metabólica.
Hidroginástica previne lesões
Exercícios na água reduzem o peso sobre as articulações, favorecendo aulas mais longas e maior queima de calorias. Sessões de hidroginástica emagrecem
e ainda relaxam o corpo. "A água consegue aliviar a tensão causada pelo
excesso de peso, tornando a hidroginástica uma atividade revigorante",
afirma Hidealmo.
Esportes na água
Natação e outros esportes
adaptados para a água contribuem para a perda de peso. Hidealmo explica
que a piscina permite que a pessoa com obesidade faça movimentos mais
amplos e consiga frear e acelerar os movimentos com mais facilidade.
Vôlei e pólo são jogos que podem ser disputados na água.
Musculação para ganhar força
O personal Marcelo explica que a
musculação vai auxiliar o paciente a ganhar força muscular, além de
ajudar na perda de gordura. Peça ajuda ao seu médico e ao professor de
educação física para obter um treino adequado ao seu grau de obesidade e
nível de condicionamento físico.
Frequência sem riscos
Para perder peso com exercícios,
você precisa treinar de 60 a 90 minutos por dia, pelo menos cinco vezes
na semana. "Após três meses, já é possível elevar as cargas e aumentar a
intensidade dos exercícios", afirma Marcelo Joaquim. CRIZALDO M FERNANDES CREF:0001530-PB/RN
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