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quarta-feira, 25 de julho de 2012

O "ESPETACULAR" HOMEM ARANHA, DECEPCIONA

Espetacular Homem-Aranha parece desafiar o espectador a aceitar seus absurdos. Isto, claro, quando não está tratando o público como imbecil completo ao incluir animaçõezinhas que trazem vários Lagartos surgindo em uma tela para ilustrar o plano do vilão ou quando vemos uma aranha desenhada no quadro negro do pai de Peter Parker para entendermos a ligação entre o sujeito e o que ocorrerá ao filho anos depois. E o que dizer da recepcionista que pergunta duas vezes se o protagonista está “tentando se achar”, numa metáfora pedestre que se torna ainda mais podre ao ser repetida? (A repetição, aliás, parece estratégia do roteiro, já que o capitão Stacy logo depois fará duas piadas comparando a aparição do Lagarto aos ataques de Godzilla em Tóquio.)


 Dirigido por Webb com um ritmo terrivelmente irregular, O Espetacular Homem-Aranha é uma experiência aborrecida como seu personagem-título: em vários momentos, paramos para ver Parker e Gwen (Stone, linda, mas no piloto automático) conversando desajeitadamente em meio a longas e entediantes pausas; em outros, somos mergulhados em batalhas burocráticas dominadas por efeitos digitais e que poderiam perfeitamente ter saído do clímax de qualquer um dos demais capítulos da série. E se o 3D empregado pela produção é autêntico em vez de convertido, isso acaba não fazendo diferença alguma, já que é mal utilizado por Webb, que se limita no máximo a incluir alguns planos subjetivos que, além de destoarem de todo o restante de sua abordagem narrativa, ainda soam como protótipos da inevitável atração a ser construída em algum parque temático da Marvel.

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